Cada região possui suas regras e níveis de aceitação com a prática esportiva
Com a regulamentação das apostas esportivas no Brasil, o cenário dos investimentos on-line que já movimentam a economia, vai sentir um impacto bem positivo com a injeção de novos mercados. Segundo o Banco Central, os brasileiros gastaram cerca de R$33 bilhões de reais em sites de apostas no exterior em 2023.
Abrindo a possibilidade de novos sites surgirem com a regulamentação das apostas no país, esses valores podem até mesmo duplicar já que serão feitos os investimentos em cima de nossa moeda.
Mesmo com esses grandes valores, não somos os maiores investidores do mundo. Segundo os dados da Comscore, grupo que realiza as análises das métricas e dados de mídia digital, o Brasil ocupa a terceira posição mundial em investimento nas casas de apostas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Inglaterra
A Inglaterra possui o passe livre das apostas à anos, liberação que comemora seus 19 anos em 2024. Mesmo com muito tempo em execução, os investidores precisam seguir regras rígidas para continuar com os investimentos de forma legal.
Um exemplo dessas regras é a proibição de que jogadores e árbitros apostem ou tentem influenciar os resultados desses jogos. Deixando clara essa decisão, as punições são severas para aqueles que tentarem desobedecer essas regras, podendo em caso de desobediência, ser aplicada a expulsão permanente desses atletas.
Segundo dados do país, 40% da população do Reino Unido, está envolvida e utiliza do meio para lucrar, tornando a região a segunda mais lucrativa com o mercado para a população e o governo local.
Os investimentos são tão presentes na rotina dos ingleses, que chegou a fugir apenas da área dos esportes. Anos atrás inclusive, um dos hobbies favoritos dos ingleses era apostar em quais cores de chapéu a rainha Elizabeth usaria durante o dia.
Estados Unidos
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar de lucros com os investimentos esportivos, somente em 2023, foram registrados mais de US$119 bilhões de dólares nas famosas bets. Esse foi um registro que mostrou o recorde de todas as metas sendo ultrapassados, tanto de ganhos nas casas de apostas, ganhos de apostadores e até mesmo a injeção valiosa nas receitas públicas.
Somando ao todo, foram mais de 27,8% de lucro em relação ao ano passado, sem contar com outros valores que também são movimentados nas folhas de pagamento, impostos empresariais e até mesmo as declarações de imposto de renda das mesmas.
Presenciar tamanha movimentação financeira e ver que na prática os investimentos funcionam de forma positiva não só para a sociedade quanto para as arrecadações de políticas públicas, foi o principal fator que fez os EUA apoiarem tanto a legalização das apostas on-line em todo o mundo.
Espanha
No terceiro semestre de 2022, o país chegou a atingir € 23,7 milhões de euros com a movimentação das apostas esportivas. Não se tem dados completos atuais, porém, estima-se que aconteceu um aumento de pelo menos 10% com as regularizações e crescente no número de investidores da região.
Lembrando que esses números mesmo que ué altos, ainda não batem o teto que poderia alcançar, já que a Itália, Espanha e Alemanha são os países que mais recebem restrições e precisam seguir a linha algumas exigências para fechar os acordos de patrocínio com as casas de apostas;
França
Hoje o mercado já vale mais de R$7 bilhões, tudo isso devido a 4,5% da população que são considerados apostadores fiéis, somando pelo menos 300 euros por ano para cada apostador. O total chega a ultrapassar 1 bilhão de reais somente em lucro dessas apostas, sendo um grande influenciador nas receitas locais e no poder de compra de seus moradores.
A regularização do mercado francês começou em 2010 e foi bem recebida pelas empresas locais, contando com uma visão bastante calculista posicionando quais seriam as vantagens e desvantagens de liberar essas apostas na região. Na balança, o poder aquisitivo pesou bem mais, fazendo com que a França fosse um dos primeiros lugares a regularizar essas ações.
Ásia
O continente asiático ao contrário da Europa, não impõe tantas regras para as aplicações das apostas esportivas na região. Segundo os apostadores locais, a preferência das leis asiáticas envolvidas a esses investimentos é dar liberdade para o sucesso do cliente.
Um dos grandes exemplos de sucesso deste continente foi durante a Copa do Mundo no Catar, onde as partidas gerou mais de R$185 bilhões em apostas esportivas. Mesmo antes da liberação das apostas em outras regiões, foi o momento em que mais teve participação do público em nível mundial nos últimos anos.